Mestrado em Sistemas Integrados de Apoio à Decisão / Business Intelligence (2ªEd-ISCTE-07/08)

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

"Modelo"

DIAGRAMA DE INFLUÊNCIAS
"ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS"

Com o intuito de tentar modelar um diagrama de influências e utilizando uma abordagem que não tivesse sido proposta, lembrámo-nos de utilizar um dos casos que mais tem suscitado atenção da comunidade internacional, nomeadamente através da nomeação de Al Gore para prémio Nobel da Paz em 2007 pela defesa do planeta Terra face à crescente poluição e consequentes impactos no aquecimento global.
A definição de um modelo, através do seu diagrama de influências, estava previsto para a semana que passou, no entanto, face à investigação que levámos a cabo, quisemos tentar apresentar um modelo que trouxesse um novo tema que nos pusesse a pensar no impacto que as alterações climáticas terão no futuro das relações de negócio.
As alterações climáticas são, cada vez mais, um problema que tem de ser enfrentado pelas empresas e muito embora a percepção hoje seja ainda que as organizações devem ter apenas uma consciência social face a estas alterações, o que é facto é que a estratégia adoptada face a estas alterações pode representar uma oportunidade que não deve ser ignorada.
Num dos seus mais recentes artigos (Out, 2007) Michael Porter e Forest Reinhardt da Harvard Business School focam de forma brilhante este assunto. Em “A Strategic Approach to Climate” são definidas duas abordagens para as quais se deve olhar quando falamos do impacto das alterações climáticas nas organizações.
A primeira é a visão “inside-out” ou seja, tentar melhorar a cadeia de valor da empresa para responder aos novos desafios impostos por estas alterações, nomeadamente saber qual o impacto que o aumento progressivo das taxas aplicadas por libertação de gases poluentes pode ter. Esta visão pode, segundo Porter e Reinhardt, fazer com que empresas do mercado florestal decidam que remover o dióxido de carbono da atmosfera através da plantação de árvores pode ser mais rentável do que as cortar e produzir papel ou móveis.
Por outro lado, há a visão “outside-in” onde, através da modelação das influências causadas pelo aumento do efeito de estufa, é possível encontrar novos modelos de negócio, lacunas a preencher e que poderão representar no futuro oportunidades para as empresas.
O seguinte modelo, embora esteja longe de representar todas as influências presentes na problemática do aquecimento global e suas consequências é um bom ponto de partida para mostrar que o aquecimento global poderá influenciar uma nova idade do gelo, que embora cíclica na vida do nosso planeta, poderá ser antecipada em virtude dos anos de libertação de gases poluentes em que vivemos.
Apesar de nem todos concordarem que a influência humana no aumento dos gases poluentes poderá ser decisiva nas alterações climáticas, o que é facto é que as empresas não podem ignorar o facto de que a poluição produzida tem de ser de alguma forma controlada.
Como facto histórico, saibam que o planeta em que vivemos tem cerca de 4,5 mil milhões de anos e que há cerca de 2,2 mil milhões de anos houve um congelamento maciço do planeta Terra seguido de mil milhões de anos de calor. Depois houve outra idade do gelo ainda maior do que a primeira onde as temperaturas chegaram a descer 45 graus centígrados, tendo os gelos oceânicos atingido 800 metros de espessura nas latitudes mais altas e dezenas de metros mesmo nos trópicos. A terra era uma “Bola de Neve”.
No entanto, de facto, a maior parte da história da terra, até tempos muito recentes, foi pautada por um clima de muito calor e sem gelo permanente em nenhum ponto do globo até há cerca de 40 mil anos onde começou a última época glaciar, sendo que ainda hoje cerca de 14 por cento do nosso planeta se encontra gelado.
Muitos cientistas, governos e empresas concluíram que a estabilização da concentração de CO2 na atmosfera pode efectivamente atrasar os aspectos mais negativos das alterações climáticas. Nesse sentido, este diagrama de influências tenta modelar essas relações, no fundo uma visão “outside-in” como diz Porter e Reinhardt para uma consciência global desse impacto.



por:
Fernanda Romão, João Guerreiro e Paulo Batista

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